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Por meio de licitação da Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos — SEMARH, a empresa KL Engenharia ficou responsável por desenvolver os projetos da Barragem Oiticica. Um empreendimento com a finalidade de regularizar o curso do Rio Piranhas, por meio da integração do complexo de obras destinadas ao aproveitamento dos recursos hídricos que são gerados na bacia hidrográfica do rio.

De grande relevância para o controle de enchentes, a barragem propiciará o aumento da demanda de água para irrigação de até 10 mil hectares de terra e o incremento da piscicultura no lago formado. Outro ponto importante, é o abastecimento de água para uma população na ordem de 2 milhões de habitantes e o desenvolvimento da recreação e do lazer como elementos de incentivo ao turismo na região.

A barragem se situa na Fazenda Oiticica, aproximadamente 17 km a sudoeste da sede do município de Jucurutu, no Estado do Rio Grande do Norte. Ao todo o complexo de obras é composto por três grandes conjuntos de ações. O primeiro são obras do barramento, o segundo referente a construção da vila de Nova Barra de Santana e três agrovilas, e o terceiro é a execução das ações de mobilização social, desapropriação e realocação das populações, urbanas e rurais, promovido pelo Estado.

Ao todo são 11 mil hectares que serão desapropriados por meio do uso de um decreto de desapropriação de utilidade pública. Os atingidos da área urbana serão realocados no novo distrito Nova Barra de Santana, já os atingidos rurais ficarão em agrovilas. Esses locais de realocação foram sugeridos pelo próprio Sindicato do Movimento dos Atingidos.

Outro ponto crucial para o empreendimento projetado foram as condicionantes ambientais arqueológicas. Ao todo, a barragem possui uma área de alagamento em torno de 6 mil hectares e conta com uma área de preservação permanente. O intuito é que a área de preservação compense a área alagada decorrente da supressão vegetal.

Já para atender a demanda da fauna local, a KL Engenharia desenvolveu o Projeto de Afugentamento, Salvamento e Resgate da Fauna Silvestre. Ele concilia o afugentamento e o resgate de fauna concomitante com a execução da supressão vegetal. Micarla Duarte, coordenadora social da Barragem Oiticica, explica que essa é uma forma de compensar ambientalmente a área que será suprimida. Aplicando medidas como a criação de corredores ecológicos para que os animais possam migrar e metodologias para se capturar as espécies e colocá-las em seu habitat natural.

A Barragem Oiticica é considerada a redenção hídrica do Seridó. Ela ainda irá receber água do projeto integração do Rio São Francisco. Inclusive, a própria barragem possui uma tomada d’água específica para receber o fluxo do Rio São Francisco e direcioná-lo até chegar no açude Armando Ribeiro Gonçalves onde finaliza essa parte do Eixo Norte.