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A coleta e o tratamento de esgoto fazem parte dos serviços de saneamento básico conforme a Lei nº 11.445/07. Entretanto, segundo a ONU, a maior parte de esgotos domésticos do mundo, infelizmente, ainda são despejados em rios e oceanos sem nenhum tratamento, isso polui a água, prejudicando a saúde da população, além de causar a morte de milhares de peixes. Desse modo, entende-se a importância e a melhoria dos sistemas de coleta e tratamento de esgotos, pois eles evitam a transmissão de muitas doenças.

Confira, a seguir, mais detalhes sobre cada etapa do processo de coleta e tratamento de esgoto.

Coleta

Nesse processo, os resíduos despejados nas tubulações hidráulico-sanitárias das residências, comércios e indústrias são recolhidos e transportados às Estações de Tratamento de Esgoto (ETE). As redes de esgoto podem ser feitas de PVC, concreto ou metal. Logo após a coleta, segue-se o processo de tratamento de esgoto nas ETE.

Tratamento de esgoto

Na etapa de tratamento de esgoto, não há ainda um sistema padrão. Dessa maneira, existem vários fatores que influenciam a escolha das opções técnicas da coleta e do tratamento de esgoto, como: disponibilidade regional, clima favorável, características do efluente, qualidade desejada do efluente, a capacidade do órgão receptor para receber a carga poluidora e a legislação local pertinente.

Sendo assim, para fins de exemplificação e compreensão, elencamos abaixo as principais etapas de um dos processos usado para o tratamento de esgoto de grandes cidades.

  1. Gradeamento

Nessa primeira etapa, resíduos sólidos maiores passam por um filtro feito por grades com espaçamento entre 5 a 10 centímetros. Esse tipo de procedimento visa uma primeira filtragem, pois a água residual que vem das residências deve conter cerca de 1% de sólidos e 99% de matéria líquida, além de deixar o líquido livre de resíduos sólidos que foram descartados incorretamente na rede de esgoto;

  • Desarenação

Depois dessa primeira etapa, os resíduos seguem para a chamada caixa de areia, onde acontece a separação dos organismos menores dos maiores, ou seja, é realizada a remoção de todos os detritos sólidos que há no esgoto e que possam ter escapado no primeiro processo, em outros termos, a desarenação. Sendo assim, areia, cascalhos e outros elementos vão para o fundo da caixa, e o líquido que fica na superfície segue para a próxima etapa;

  • Tratamento biológico

Na terceira etapa desse processo, o esgoto é enviado para um tanque de aeração para tratamento biológico. Nele, o esgoto é submetido à ação de microrganismos, que promovem reações bioquímicas e condensam a matéria orgânica previamente dissolvida no esgoto em flocos de iodo;

  • Decantação

Após o tratamento biológico, o líquido passa por um processo de decantação, em que há a   remoção de material em suspensão do efluente. Sendo assim, o precipitado, no caso o iodo que foi formado na etapa anterior, é facilmente separado da parte líquida, indo para o fundo do tanque, deixando-a livre de impurezas. Essa matéria sólida acaba se tornando um subproduto chamado biossólido, que pode ser usado na agricultura;

  • Descarte

Nesta última etapa, o iodo produzido durante o processo de decantação é desaguado e encaminhado para um aterro sanitário especializado. Logo depois, o esgoto clarificado e devidamente tratado é devolvido ao meio ambiente. Em alguns casos, o efluente pode passar por um outro tratamento avançado e ser convertido em água para reuso, uma solução sustentável que ajuda a proteger a água potável do planeta.

Além disso, é também indispensável lembrar que a população deve fazer sua parte nesse processo para garantir a qualidade e otimização de todo o procedimento de coleta e tratamento de esgoto, como o descarte correto de alimentos, o qual previne entupimentos no sistema de esgotamento sanitário da cidade.

Portanto, perante o exposto, compreende-se a importância do processo de coleta e tratamento de esgoto, não só pelas preocupações de saúde pública relacionadas à disseminação de doenças, mas também para prevenir consequências ambientais negativas que vão muito além dos ecossistemas locais.